O Governo vai pôr o Exército e os reclusos a limparem as matas já para o próximo ano.
Em declarações ao DN, Rui Barreiro, secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural e responsável pela Autoridade Florestal Nacional (AFN), admitiu que já está previsto um acordo com o Exército e serviços prisionais para que ajudem nas operações de prevenção dos fogos, com limpezas das florestas e vigilância.
Apesar disso, só depois de 15 de Outubro - fim da actual época de incêndios - serão oficializados e assinados os protocolos.
"Consideramos que a floresta é uma riqueza nacional, por isso o Exército e a GNR têm de ser mobilizados. É importante que o Exército seja chamado para acções durante o ano inteiro para a defesa da floresta, prevenção e vigilância nas piores épocas", disse ao DN o secretário de Estado que pretende, até 2012, que ardam menos de 100 mil hectares por ano.
Já este ano, 200 militares estiveram no terreno a prevenir os fogos. O porta-voz do Exército, tenente- -coronel Hélder Perdigão, explicou que já existe um protocolo com a AFN: o plano Vulcano tem 12 equipas - num total de cerca de 200 militares - com formação específica para prevenção e combate aos incêndios.
"O protocolo, assinado apenas com o Exército, foi aplicado na vi- gilância das principais matas na- cionais e inclui desmatações e uso de engenharia militar para pre- venção de incêndios."
O porta-voz deu como exemplo a serra de Sintra, onde os militares estão a abrir 12 quilómetros de estradas que permitam a deslocação mais rápi- da dos meios de combate. "A operação de abertura de estrada vai a meio, nesta altura", acrescentou.
"Temos um bom exemplo no País, no Algarve, onde o Exército foi chamado no âmbito da Protecção Civil. A articulação entre a AFN, o Exército português e a Protecção Civil foi feita de tal maneira que, nessa região, não tivemos praticamente incêndios nenhuns.
A presença dos militares foi dissuasória do número de ocorrências", explicou o secretário de Estado das Florestas.
Quem vai passar a apoiar a prevenção a incêndios vão ser os reclusos em regime aberto.
Apesar de o acordo também ter sido adiado para o fim da época de fogos, já se sabe que os reclusos terão acções de formação para fazer a limpeza das matas. Mas nem todos vão ter liberdade para participar neste tipo de trabalho:
"Os presos terão formação e só podem participar os que tenham acesso ao regime aberto", explica Rui Barreiro. "Apesar de não ser obrigatório, é uma oportunidade que lhes permite sair da prisão e estar em contacto com a natureza. A formação pode ainda permitir-lhes arranjar um emprego, como sapadores florestais", indicou.
Segundo a Direcção-Geral dos Serviços Prisionais, existem de momento 131 reclusos neste regime.
Este Inverno será também implantado o Plano Nacional do Uso do Fogo. "Vamos aproveitar o Inverno e a Primavera para queimarmos a matéria combustível. Assim o prejuízo provocado pelos incêndios é menor, pois só arde mato", explicou.
Este plano já foi testado no ano passado num total de 1500 hectares, mas para a próxima época o objectivo é "multiplicar por dez" este número. "Queremos tornar a floresta mais resistente aos incêndios florestais", assumiu o secretário de Estado.
Fonte: DN
Em declarações ao DN, Rui Barreiro, secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural e responsável pela Autoridade Florestal Nacional (AFN), admitiu que já está previsto um acordo com o Exército e serviços prisionais para que ajudem nas operações de prevenção dos fogos, com limpezas das florestas e vigilância.
Apesar disso, só depois de 15 de Outubro - fim da actual época de incêndios - serão oficializados e assinados os protocolos.
"Consideramos que a floresta é uma riqueza nacional, por isso o Exército e a GNR têm de ser mobilizados. É importante que o Exército seja chamado para acções durante o ano inteiro para a defesa da floresta, prevenção e vigilância nas piores épocas", disse ao DN o secretário de Estado que pretende, até 2012, que ardam menos de 100 mil hectares por ano.
Já este ano, 200 militares estiveram no terreno a prevenir os fogos. O porta-voz do Exército, tenente- -coronel Hélder Perdigão, explicou que já existe um protocolo com a AFN: o plano Vulcano tem 12 equipas - num total de cerca de 200 militares - com formação específica para prevenção e combate aos incêndios.
"O protocolo, assinado apenas com o Exército, foi aplicado na vi- gilância das principais matas na- cionais e inclui desmatações e uso de engenharia militar para pre- venção de incêndios."
O porta-voz deu como exemplo a serra de Sintra, onde os militares estão a abrir 12 quilómetros de estradas que permitam a deslocação mais rápi- da dos meios de combate. "A operação de abertura de estrada vai a meio, nesta altura", acrescentou.
"Temos um bom exemplo no País, no Algarve, onde o Exército foi chamado no âmbito da Protecção Civil. A articulação entre a AFN, o Exército português e a Protecção Civil foi feita de tal maneira que, nessa região, não tivemos praticamente incêndios nenhuns.
A presença dos militares foi dissuasória do número de ocorrências", explicou o secretário de Estado das Florestas.
Quem vai passar a apoiar a prevenção a incêndios vão ser os reclusos em regime aberto.
Apesar de o acordo também ter sido adiado para o fim da época de fogos, já se sabe que os reclusos terão acções de formação para fazer a limpeza das matas. Mas nem todos vão ter liberdade para participar neste tipo de trabalho:
"Os presos terão formação e só podem participar os que tenham acesso ao regime aberto", explica Rui Barreiro. "Apesar de não ser obrigatório, é uma oportunidade que lhes permite sair da prisão e estar em contacto com a natureza. A formação pode ainda permitir-lhes arranjar um emprego, como sapadores florestais", indicou.
Segundo a Direcção-Geral dos Serviços Prisionais, existem de momento 131 reclusos neste regime.
Este Inverno será também implantado o Plano Nacional do Uso do Fogo. "Vamos aproveitar o Inverno e a Primavera para queimarmos a matéria combustível. Assim o prejuízo provocado pelos incêndios é menor, pois só arde mato", explicou.
Este plano já foi testado no ano passado num total de 1500 hectares, mas para a próxima época o objectivo é "multiplicar por dez" este número. "Queremos tornar a floresta mais resistente aos incêndios florestais", assumiu o secretário de Estado.
Fonte: DN
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