Infelizmente, nos últimos tempos têm sido frequentes as notícias de acidentes rodoviários envolvendo viaturas de emergência ou de serviço dos bombeiros. Tais acontecimentos merecem uma atenção e uma reflexão especiais.
“…o principal objectivo do condutor em marcha de emergência é o de chegar sempre ao local da ocorrência. O bom desempenho do condutor [de emergência, de uma forma geral] deverá ser aferido pela capacidade de realizar com sucesso a sua missão, chegando sempre ao local sem criar vítimas pelo caminho (com a consequente necessidade de activar outras equipas de emergência), sem criar riscos desnecessários para a integridade física da vítima/doente que transporta, da equipa onde se insere e sem destruir ou tornar inoperacionais as viaturas de socorro”[in www.mobilidades .org]. Esta poderá ser entendida como uma definição de condutor de emergência – de uma forma geral - e daquilo que se lhe exige.
Assim dito, e associando esta definição ao número crescente (pelo menos mais notório) de acidentes, torna-se relativamente óbvio que o grande problema da condução em emergência em Portugal é uma questão de Selecção e Formação Profissional.
As capacidades pessoais e a formação à qual se tem acesso são factores primordiais, mas não menos importantes são as condições técnicas em que se encontram as viaturas que se conduzem.
Devemos por isso ter consciência das nossas capacidades, das nossas competências e das condições em que trabalhamos. Se para mais não servirem, estes acidentes devem alertar-nos para os perigos da condução em emergência.