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sábado, 16 de outubro de 2010

Acessos do quartel ao antigo IP5 poderão não estar feitos a tempo


A primeira pedra do novo quartel dos Bombeiros Voluntários de Viseu foi lançada no dia 11 de Janeiro deste ano e contou com a presença do ministro da Administração Interna, Rui Pereira, que, na altura, mostrou interesse em intervir para que o acesso do quartel ao antigo IP5 fosse feito.

Segundo disse ontem Fernando Ruas, o ministro comprometeu-se mesmo a “tratar do problema dos acessos”.

Eu próprio fui ao ministério e à Estradas de Portugal e o senhor presidente da Estradas de Portugal disse-me que, tal como lia a legislação, não podia autorizar os acesos ao IP5, o que me levou a dizer-lhe que isso me parecia uma interpretação literal muito forçada”, avançou o autarca viseense.

Para o presidente da Câmara, “os bombeiros não são uma entidade qualquer e na cidade também não cumprem – quando estiver o sinal vermelho, passam na mesma”. Por isso, sublinhou que esta não é uma situação de abrir o acesso à circulação geral, mas apenas aos bombeiros.

“O senhor presidente disse que percebia o que eu estava a dizer mas ia colocar o assunto superiormente e aguardava resposta”, contou, acentuando que as saídas dos bombeiros pelo antigo IP5, muito provavelmente, não serão “saídas diárias, nem sequer semanais”: “Serão saídas quando a situação o exija, vão ser saídas de quando em vez e com as precauções que os bombeiros têm”.

A direcção dos Bombeiros Voluntários de Viseu pediu uma audiência com Fernando Ruas para ser abordado este assunto, mas o autarca disse que já fez o seu trabalho e que esta é uma questão em que a Câmara “é impotente”.

Dentro de pouco tempo o quartel estará concluído e o presidente da Câmara receia que os bombeiros não tenham o acesso que lhes foi prometido. Neste momento, o único acesso que há é pelo interior das aldeias, com ruas estreitas onde é difícil passarem alguns carros da corporação.

Depois da reunião de Câmara de ontem, Fernando Ruas lembrou que a Câmara cedeu o terreno aos bombeiros e que lhes está a pagar o complemento que não é pago pelos fundos comunitários.

“O Governo pode lá ir, acho muito bem que visite, mas não tem lá nenhum tostão. Os tostões que lá estão investidos são dos fundos comunitários e aquele dinheiro que a Câmara põe”, concluiu.

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