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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

GIPS e populares à pancada


Cinco elementos do Grupo de Intervenção Protecção e Socorro (GIPS) da GNR envolveram-se, ontem, em cenas de pugilato com populares de Tulha Nova, Castro Daire, após um desentendimento sobre prioridades no combate a um fogo que alastrava na aldeia.

Os GIPS - um corpo profissional de protecção civil ligado ao Comando-Geral da GNR e criado para intervir nos instantes iniciais de incêndios e outras calamidades - foram solicitados, a meio da tarde, por uma família de Tulha Nova, uma freguesia de Cabril, Castro Daire, para combater as chamas que ameaçavam um curral onde estavam duas vacas.

"Os GIPS estavam a observar a área ardida e meu tio, António Paiva, pediu-lhes ajuda mas eles disseram que tinham um homem ferido e que eles é que sabiam o que tinham de fazer. O meu tio respondeu-lhes que então não eram competentes. Um deles dirigiu-se de imediato ao António, tirou o capacete, e mandou-lhe uma chapada. Começou assim a confusão" contou ontem à noite, ao JN, Diogo Ferreira, 18 anos, que juntamente com o tio, o pai e um primo envolveram-se em agressões e insultos com os cinco GIPS.

Diogo diz que os elementos do corpo de intervenção chegaram a empurrar o pai para cima da área ardida.

"Estamos todos com marcas mas o meu primo, Ivo, de 17 anos, foi o que ficou pior. Foi transportado pelos bombeiros para o Centro de Saúde de Cinfães com dores nas costas e num pulso", adiantou.

A GNR de Castro Daire foi entretanto chamada ao local. Diogo Ferreira diz que os dois guardas identificaram os quatro populares mas só levaram António Paiva, de 44 anos, para o posto de Castro Daire onde ainda permanecia à hora do fecho desta edição.

O Comando-Geral da GNR confirma que houve "discussão verbal e física" mas entre "alguns militares e dois cidadãos". Para a GNR, a discussão terá sido provocada pela "exaltação de quem estava em risco de perder bens". Ainda segundo o oficial de dia no Comando-Geral, os dois populares serão detidos e presentes a Tribunal.

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