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sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Aviões de Combate aos Incêndios Florestais Estão a Parar em Viseu


Com os fogos a queimar floresta, mato e pasto sobretudo a norte do País, os dois aviões de combate a incêndios estacionados em Viseu estão a falhar voos. Os pilotos polacos invocam problemas no abastecimento do combustível, mas várias fontes da Protecção Civil alegam que na origem da situação estão salários em atraso.

Os problemas começaram na semana passada quando os pilotos, ao serviço da empresa Aeronorte, "recusaram voar com o combustível da empresa, alegando que tinha água", disse ao DN fonte da Protecção Civil. Os pilotos tentaram então abastecer com recurso ao combustível do aeródromo, situação que foi recusada à Aeronorte por falta de acordo de pagamento com a autarquia, que é a proprietária da infra-estrutura.

Mas ao que o DN confirmou junto de várias fontes da Protecção Civil na origem da recusa em voar estarão "salários em atraso dos pilotos, polacos que estão em Portugal para a campanha de fogos florestais". Desde Julho que estes operacionais estão sem receber e têm levantado "problemas nas pistas onde operam para ver se resolvem a situação", disse. Contactada pelo DN, a Aeronorte não prestou esclarecimentos sobre esta denúncia.

O presidente da Câmara de Viseu "também conhece" a situação dos salários em atraso. Fernando Ruas adianta que "o problema é do conhecimento de mais pessoas", mas garante ter "sensibilidade para os fogos florestais" e que por isso autorizou o abastecimento dos meios aéreos com o combustível da câmara. A recusa inicial prende-se com "dívidas dos operadores aéreos" à autarquia. A Câmara de Viseu vai ceder o combustível, mas garante que "no final dos fogos" irá "colocar o aeródromo na ordem", promete Ruas.

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