O histórico, entre 1999 e 2008, do total de ocorrências e área ardida, até 15 de Outubro, (quadro 1), mostra que em 2009 o total registado em número de ocorrências é sensivelmente equivalente à média do decénio (-18 ocorrências). No entanto, relativamente à área ardida, até à presente data de 2009, arderam menos 63.766ha que a média de 1999 a 2008, ou seja, menos 44%.
Convirá referir que apesar de no corrente ano se ter verificado uma área ardida total, a 15 de Outubro, de 82.600ha, a área ardida em povoamentos é de 23.315ha, ficando muito abaixo dos anos 1999 a 2005 onde, apesar de áreas totais ardidas inferiores, o valor das perdas em povoamentos é superior.
Quadro 1 – Número de ocorrências e correspondente área ardida, por ano, entre 1 de Janeiro e 15 de Outubro, e totais anuais entre 1999 e 2008.
Observando as estatísticas distritais, até 15 de Outubro de 2009, verifica-se que o maior número de ocorrências se registou no distrito do Porto, com 6.422 (quadro 2), número fortemente influenciado pelo elevado número de fogachos desse distrito (5.576), afectando áreas inferiores a 1 hectare. Distritos como Viseu, Braga e Vila Real apresentam também um total de ocorrências acima de dois milhares. Dos 1.096 reacendimentos, registados até à data, o número mais elevado cabe ao distrito de Viana do Castelo (345), seguindo-se Aveiro com 245 reacendimentos.
Quadro 2 – Número de ocorrências e área ardida, por distrito, entre 1 de Janeiro e 15 de Outubro de 2009 (Reac. – Reacendimentos)
Do total de área ardida, até à data, que contabiliza aproximadamente 82.600 hectares, o distrito mais fustigado foi Guarda onde se estima que terão sido consumidos pelos incêndios cerca de 17.650ha. Também Vila Real e Braga foram distritos muito afectados tendo o fogo destruído áreas superiores a 17.000ha e a 10.000ha, respectivamente. Ainda assim, o facto de a maior parte da área ardida ser de matos, e não de povoamentos, permite estimar uma perda de valor menos significativa.
Fonte: ANF
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